o negro na midia
Sendo assim, o Dia da Consciência Negra é uma DATA para lembrar a resistência dos cativos à escravidão e refletir sobre a atual situação do elemento de cor em nosso país, principalmente a maneira pela qual ele é retratado na mídia hegemônica. Nesse sentido, não é preciso uma longa análise hermenêutica para constatar que nos principais meios de comunicação de massa os negros ainda continuam sendo associados a antigos estereótipos como a “mulata sensual”, o “bandido” ou o “negro malandro”; e a profissões consideradas socialmente inferiores, como empregadas domésticas e jardineiros. Nas campanhas publicitárias são raros os rostos de pele escura.
Libertação inconclusa
O nefasto estereótipo da mulher de cor associado à libido, por exemplo, encontrou nos meios de comunicação de massa um terreno fértil para a sua propagação. Nas principais telenovelas da Rede Globo, geralmente as atrizes negras interpretam a mulher de vida fácil, a “gostosona” ou a amante. Em 2004, a primeira trama protagonizada por uma atriz negra (Tais Araújo) trazia o tendencioso título de A Cor do Pecado (evidentemente que o