o nascimento do islãmismo
O islão (ou islã, no Brasil) nasceu na Arábia, região à qual os árabes se referem como Jazirat Al-'Arab, "a ilha dos árabes", o que denota o seu carácter isolado, separada da África e da Ásia pelo mar. É uma região inóspita marcada pela presença do deserto, onde a água é um bem raro
Órfão, Maomé tinha por hábito jejuar e meditar nas montanhas próximas de Meca. Por volta de 610, aos quarenta anos e enquanto fazia um desses retiros espirituais na montanha Hira, ele experimentou uma revelação divina. Um ser misterioso (Jibril, o arcanjo Gabriel) ordenou-lhe que recitasse; vencida a hesitação inicial, Muhammad recitou aquilo que viria a ser a primeira revelação do livro que mais tarde seria compilado como o Alcorão.
Maomé duvidou de si próprio, mas estimulado pela sua esposa, começou a pregar a sua mensagem entre os mequenses. Ele proclamava o monoteísmo, criticava o materialismo que se tinha apoderado da cidade e que fazia com que se desprezasse a viúva e o órfão; anunciava o dia do Julgamento Final, no qual os actos de cada pessoa seria avaliados e a riqueza pessoal seria inútil. As reacções à sua mensagem oscilaram entre a sincera adesão à hostilidade.
Após a morte do seu tio Abu Talib e da sua esposa, dois dos seus protectores, Maomé e os seus seguidores tiveram que fugir de Meca para Yathrib, um oásis ao norte, devido às injúrias e ataques físicos que experimentaram na cidade. Esta migração ocorre em 622 e é chamada de Hijra. Ela marca o início do calendário islâmico.
A fuga de Maomé e dos seguidores constituiu um desafio ao poder de Meca. As duas cidades entram em guerra. Em Yathrib, Muhammad estabelece uma aliança com as tribos judaicas e pagãs que ali viviam, formando com os seus discípulos a umma, a comunidade do Islão. Através da conquista e da conversão dos Árabes à sua doutrina, Maomé conseguiu reunir uma força que provocaria a capitulação de Meca no ano de 630. Em Meca ele destrói os ídolos da Caaba e fixa a nova