O mundo tem uma racionalidade
Tales acreditava ser a água o elemento primeiro:
A maior parte dos primeiros filósofos considerou como princípios de todas as coisas unicamente os que são da natureza da matéria. (..) Quanto ao número e à natureza desses princípios, nem todopensam da mesma maneira.
Não atribui então a geração ao elemento em mudança, mas à separação dos contrários por causa do eterno movimento.
O original, o primordial, despojam-se do seu mistério: a banalidade tranqüili zadora do quotidiano. O mundo dos jônios, esse mundo "cheio de deuses", é também plenamente natural. (...) Tudo o
Em outras palavras, foram capazes de, partindo da observação dos fenômenos da natureza, elaborar conceitos ou idéias abstratas, construindo, assim, as marcas do primeiro momento de ruptura com o pen samento mítico.
Entretanto, diferentemente dos primeiros jônios que acreditavam que da unidade surgia a multiplicidade dos fenômenos, para os pitagóricos essa unidade inicial era, ela própria, for mada por dois princípios opostos: na união de um par fundamental de opostos
- o limitado e o ilimitado - estava a origem do universo.
Harmonia é a unidade do misturado e a concordância das discordâncias. (Metafísica, 1, 5)
O conhecimento e a religião estavam também intimamente relaciona dos: o conhecimento, revestido do caráter de doutrina a ser revelada somente aos membros do grupo religioso e, então, de objeto de reflexão, de meditação, era o caminho para a salvação. Esse era um dos aspectos que caracterizavam o movimento religioso iniciado por Pitágoras e que ao mesmo tempo o dis tinguia do orfismo com o qual