o movimento operário e o advento do socialismo
A primeira fase da história do socialismo que se passou entre as guerras napoleônicas e as revoluções de 1848 foi marcada pelos primeiros teóricos ou socialistas utópicos como se referia a literatura marxista, pois eles acreditavam na transformação total da sociedade de forma pacífica, sem a necessidade da luta de classes e da revolução proletária. Dentre os primeiros socialistas utópicos podemos destacar: Saint-Simon ou “liberal avançado” para muitos historiadores, acreditava que a sociedade estava dividida entre “ociosos” (que não trabalham) e “produtores” e necessitava de um governo de trabalhadores. Ele concordava com os lucros do capitalismo, porém assumindo certas responsabilidades sociais. Charles Fourier, a sociedade precisava de mudanças a partir de uma organização baseada na associação e no cooperativismo, que permitisse aos homens desenvolver plenamente os seus talento, acreditava em um sistema baseado na cooperação e associação que permitisse aos homens desenvolver plenamente seus talentos. Robert Owen deu continuidade aos temas do iluminismo e propunha que o caráter do homem era formado pelas circunstâncias. Pretendia implantar os núcleos cooperativos, locais de até 2 mil moradores onde operários e suas famílias tivessem total acesso à escola, saúde, igreja entre outros. Nestes núcleos, tudo que produzissem seria para o próprio consumo.
Apesar de as ideias dos socialistas utópicos apresentarem algumas diferenças, existiam pontos comuns entre elas: tinham a esfera moral e ideológica como base determinante do comportamento; construir uma ciência da natureza humana; pretendiam fazer dessa esfera o objeto de uma ciência exata que resolveria o problema da harmonia social; identificavam a teoria moral religiosa e política, anteriormente existente, tinham como o principal obstáculo à realização das leis recém-descobertas da harmonia; e finalmente, não estabeleciam distinção entre ciência física e ciência social.
O socialismo