O movimento modernista
O Movimento Modernista
“O movimento modernista foi o prenunciador, o preparador e por muitas partes o criador de um estado de espírito nacional.” (p.231)
“Fazem vinte anos que realizou-se, no Teatro Municipal de São Paulo, a semana de Arte Moderna. É todo um passado agradável, que não ficou nada feio, mas que me assombra um pouco também.” (p.231)
“A Semana marca uma data, isso é inegável. Mas o certo é que a pré-conciência primeiro, e em seguida a convicção de uma arte nova, de um espírito novo, desde pelo menos seis anos viera se definido no... sentimento de um grupinho de intelectuais paulistas.” (p.232)
“Quem teve a idéia da Semana de Arte Moderna? Por mim não sei quem foi, nunca soube, só posso garantir que não fui eu. O movimento, se alastrando aos poucos, já se tornara uma espécie de escândalo público permanente.” (p.234)
“O modernismo, no Brasil, foi uma ruptura, foi um abandono de princípios e de técnicas conseqüentes, foi uma revolta contra o que era a inteligência nacional.” (p. 235)
“O espírito modernista e as suas modas foram diretamente importados da Europa. [...] socialmente falando, o modernismo só podia mesmo ser importado por São Paulo e arrebentar na província.” (p. 236)
“Havia uma diferença grande, já agora menos sensível, entre Rio e São Paulo. [...] o Rio possue um internacionalismo ingênuo. São Paulo era espiritualmente muito mais moderna porém, fruto necessário da economia do café e do industrialismo consequente.” (p. 236)
“O Rio mantem, dentro da sua malícia vibrátil de cidade internacional, uma espécie de ruralismo, um carácter parado tradicional muito maiores que São Paulo. O Rio é dessas cidades em que não só permanece indissolúvel o “exotismo” nacional [...], mas a inter penetração do rural com o urano. Coisa já impossível de se perceber em São Paulo.” (p.236)
“E foi no meio da mais tremenda assuada, dos maiores insultos, que a Semana de Arte