O monge
03/04/13 01:32
O monge e o executivo: um guia para quem quiser ser líder no mosteiro
Há grandes perigos em teorias de liderança e administração que querem “absolutizar” o relativo
José Augusto, 18 de fevereiro de 2013
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Levar em conta o contexto é sempre importante; fórmulas prontas como a do livro nem sempre funcionam
Liderança é uma competência essencial para nações, empresas, instituições e equipes e tem merecido a atenção de muitos estudiosos. O líder é uma pessoa que exerce influência e está presente no imaginário dos demais porque dá direção e sentido, coordena, motiva, dá esperança, gera confiança, favorece a ação e o assumir riscos e, de maneira tangível ou simbólica, reforça a noção de que o sucesso será alcançado. Mas é preciso ter cuidado com os muitos equívocos que tem sido cometidos a respeito de liderança. E um deles é não considerar os aspectos holísticos e situacionais da questão. Faz algum tempo que uma cantora brasileira teve uma grande oportunidade de projetar sua carreira nos Estados Unidos, mais precisamente em Nova Iorque. O local do show, na Tribeca Area, era de primeira e estava lotado. Mas, assim que começou a sua apresentação, para esquentar a “galera”, começou repetidamente com um grito de guerra: “Free Mike Thison, Free Mike Thison” e, ao contrário do que esperava, a plateia reagiu friamente e começou a se retirar. E o que ela fez de errado? O grave erro que cometeu foi pressupor que o que dava certo no Brasil também daria nos Estados Unidos. No Brasil, Mike Thison era a designação de um tipo especial de cannabis sativa, que deixava os apreciadores da erva no maior barato. Já nos Estados Unidos, o pugilista estava sendo processado por estupro. Assim sendo, pedir a sua liberdade era a maior afronta que se podia fazer ao público americano, sobretudo o