O monge e o executivo
Simeão era o nome que seguia John Daily desde criança, em sua certidão de batismo havia um versículo da bíblia que falava sobre um homem chamado Simeão, quando crismado o pastor escolheu um versículo para cada candidato e o dele era justamente sobre Simeão, tempo depois ele sonha com um homem gritando para que ele achasse Simeão e por fim, no dia do seu casamento o trecho da bíblia citado foi o mesmo do batismo e da crisma.
John nunca soube se havia algum significado para aquelas coincidências, mas Raquel sua esposa, sempre esteve convencida de que havia.
John passava por uma fase de glória, bem sucedido, o mais novo gerente-geral da história da fábrica de vidro plano, tinha uma boa remuneração, ele formado em Administração de Empresas na Universidade Valparaíso, onde conheceu sua mulher que cursou psicologia. Ambos gostariam de ter filhos e lutaram vários anos contra a infertilidade, até que resolveram adotar uma criança, era um menino e deram a ele o nome de John, dois anos depois Raquel ficou grávida e Sara nasceu. E então Raquel passou a trabalhar menos para se dedicar as crianças.
Pareciam ter uma vida equilibrada, cheia de satisfações, porém sem que se dessem conta, a família estava se desestruturando, Raquel se queixava de estar sendo infeliz no casamento, John Jr. estava cada vez mais agressivo e Sara parecia distante. John parecia não ter tempo, mas na verdade não tinha coragem de conversar com os filhos.
O trabalho era onde ele se sentia seguro, isso até que os empregados fizessem uma campanha para que o sindicato os representasse, seu chefe não gostou do que aconteceu e deixou a entender isso era problemas de uma má gerencia. Até a Liga de Beisebol que ele treinava como voluntário, parecia estar contra ele, vários pais mudaram seus filhos de time alegando que eles não se divertiam.
Raquel sugeriu que John procurasse o pastor da igreja, ele resistiu ao pedido, mas no fim concordou. O pastor aconselhou que ele passasse alguns dias fora,