O mito ou “Alegoria” da caverna
O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, contida no livro VI de “A República” de Platão, na alegoria narra-se o diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato. Esta é considerada uma das mais importantes alegorias da história da filosofia sendo um dos textos mais lidos no mundo filosófico, onde é possível conhecer uma importante teoria platônica que discute sobre teoria do conhecimento (segunda a qual através deste é possível captar a existência do mundo sensível e do mundo inteligível), além da educação na formação do Estado ideal.
2. O mito
A alegoria expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna virados de costas para a abertura, por onde entra a luz solar de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras) com o decorrer do tempo, analisando e julgando as situações, além de organizarem torneios para se vangloriarem quando acertavam as análises.
Se acontecesse de um prisioneiro ser forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, iludido completamente pelos seus sentidos dentro da caverna e afastado da verdadeira realidade. E que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna e ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se à nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as