O mito do desenvolvimento sustentável de Veiga
Para Gilberto Montibeller Filho, é de suma importância analisar, compreender e julgar os indicadores que medem se uma sociedade evolui ou não de forma sustentável. Os indicadores conhecidos atualmente tem muito a melhorar para que retratem cada vez melhor a realidade. Uma forma seria a agregação de mais variáveis tornando-os mais abrangentes e conclusivos. Uma das propostas aponta para a correção do produto interno bruto (PIB) por meio da valoração monetária, uma postura comum à economia neoclássica. Consiste em estabelecer um valor monetário a um recuso não renovável para subtrair o montante utilizado no processo produtivo do valor total de bens e serviços produzidos, amortizando assim o “capital natural” e constituindo o “PIB verde”, menor e com taxa de crescimento inferior à do PIB convencional, visto que o último não leva em consideração o desgaste dos bens naturais. Os neoclássicos explicam a ideia como uma forma de direcionar as políticas macroeconômicas e identificar quais opções de exploração garantiriam um PIB sustentável. Uma forma de transpor o “desgaste natural”, para El Serafy, seria a conversão do mesmo em outros ativos, para garantir rendas futuras. Assim, uma economia só será sustentável se, retirando o desgaste ambiental, ainda sobre receita para criar fontes de renda para outros setores. O problema desta proposta está na valoração das reservas, determinação dos volumes e na impossibilidade de consenso em torno da taxa a ser utilizada. David Pearce adicionou o capital produzido pelo homem à ideia de El Serafy. Para ele o essencial é que o capital total não diminua; por exemplo, uma queda no “capital natural” pode ocorrer caso o capital produzido pelo homem cubra o que foi perdido. O índice de sustentabilidade é a participação da poupança na renda nacional diminuída da soma da depreciação do capital natural e a depreciação do capital produzido pelo homem. Buscando