EMERGENCIA DO CONCEITO
Emergência do conceito
O conceito de desenvolvimento sustentável vem se construído desde de 1970 em fóruns mundiais, em que a dimensão económica, social e ambiental eram uma preocupação (Silva, 2008), e foi pela primeira vez publicamente enunciado em Agosto de 1979, num simpósio das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento (Veiga & Zatz, 2008:38) com ênfase nos anos 80 no documento Nosso Futuro Comum[1] realizado pela primeira-ministra da Noruega, Gro Harlen Brundtland, que apelidou a Comissão e o relatório com o seu nome, Brundtland. O documento apresenta a definição para desenvolvimento sustentável, como sendo, aquele que é capaz “de garantir que as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem também às suas” (CMMAD, 1991: 9), o Relatório de Brundtland inicia apelando a mudança com a sua primeira frase “Uma agenda global para a mudança”. Silva (2008) refere que Sachs inseriu a dimensão espacial e cultural ao conceito de desenvolvimento sustentável.
O conceito de desenvolvimento sustentável surge como uma crítica ao desenvolvimento que era visto como infinito num meio ambiente finito[2] o que torna o desenvolvimento como um mito para 2/3 da população mundial e para a restante como um aparente desenvolvimento. Em 1971, no encontro Founex, pela primeira vez foi abordado a dependência entre o desenvolvimento e o meio ambiente procedendo-se em 1972 a Conferencia das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, ocorrida em Estocolmo, onde o conceito de ecodesenvolvimento foi abordado, está conferência foi sucedida por encontros e relatórios[3] (Sachs, 2009; Scotto, Carvalho & Guimarãoes, 2009).
Em 1987, como já referido, a Comissão Brundtland fala no desenvolvimento sustentável formulando um documento intitulado Nosso Futuro Comum ou Relatório Brundtland que se encontra dividido em três partes (Parte I – Preocupações comuns, Parte II – Desafios Comuns, Parte III –