o mito da caverna x matrix
“O Mito da Caverna” é uma imagem metafórica entre o mundo sensível e o mundo ideal. O mito relata a experiência de pessoas acorrentadas numa caverna, em frente a uma parede em que podiam ver apenas sombras do que ocorria detrás dela. Estas sombras eram projetadas por objetos feitos por pedras ou madeira e manipulados por outros homens. Assim, estas pessoas apreendiam aquelas imagens como cenas pitorescas da realidade que elas não podiam presenciar in loco, pelo fato de estarem aprisionadas desde o nascimento e não possuírem quaisquer parâmetros comparativos ou consciência.
Caso uma destas pessoas tentasse sair da caverna ela experimentaria todo tipo de dor e sofrimento psíquicos e físicos, até que finalmente pudesse gozar do sol e a luz da verdade, que excluem as trevas da ignorância e do mundo das sombras, das aparências.
Assim, há uma metáfora proposital entre o mito e nossas vidas: estamos quase sempre acorrentados, visualizando apenas sombras daquilo que julgamos real; quando passamos a contemplar o “ser” nas coisas, saímos da escuridão da ignorância e emergimos num novo universo de problematizações e angústias que, por fim, nos presenteará com a luz. Este papel é atribuído à filosofia.
Já no filme “Matrix”, Um programa de computador aprisiona a mente humana e cria a Matrix simulando uma realidade humana quase perfeita, que alimenta o mundo real. Neo buscava despertar as pessoas para a realidade fora da Matrix, conhecendo a si mesmo, ou seja conhecer a realidade da Matrix, questionando esse sistema que o cercava.
Assim, é lógico o paralelo entre O Mito da Caverna e o filme Matrix: é cristalina a influência que os autores do filme tiveram da obra de Platão, os dois nos fazem questionar se realmente podemos conhecer a natureza das coisas, se aquilo que nossos sentidos captam podem ser afirmados seguramente como sendo a verdadeira realidade e,por conseguinte, se há de fato uma realidade a ser