O que é história? Carr

Em primeiro plano o autor do livro “O Que É História?” defende que a pesquisa histórica precisa de uma interpretação do historiador e sem esta “...o passado se dissolve em uma confusão de inumeráveis incidentes isolados...”(pág.21), ou seja o estudo da história não pode ser feito como o estudo da matemática por exemplo que não permite uma liberdade de interpretação ao autor e se baseia somente em fatos e experiências. Após o estudo de anotações de cientistas o autor percebe que a pesquisa das ciências e a pesquisa história são muito mais parecidas do que ele havia afirmado anteriormente.
O historiador muitas vezes se concentra em certo indivíduo que desempenha um papel importante em determinado contexto histórico se esquecendo de ter uma visão mais ampla do período ou acontecimento estudado, prejudicando assim sua pesquisa e fazendo com que o estudo da história aparente ser unilateral e volúvel. Grandes pensadores têm visões diferentes sobre o tema, por exemplo, Marx defende que a sociedade age como um todo e em consequência a história também se dá desta maneira, já Sartre diz que o homem possui em si toda a liberdade e que cada ser é independente, Freud ainda afirma que a civilização é prejudicial pois ela restringe o indivíduo. Todos estes intelectuais têm posições válidas e em diferentes pontos da história podemos observar cada uma delas.

1

Para Carr a história estava doente por que a sociedade também estava, ele tem razão quando diz que uma sociedade, e consequentemente historiadores, que não tem esperanças para o futuro e não entendem o presente não podem produzir estudos históricos de fato. No século XIX e começo do XX podemos observar que a pesquisa histórica tomou um rumo positivista em que os historiadores afirmavam que a história era apenas a organização e repetição de acontecimentos passados. Esta visão acerca do ofício do historiador é muito semelhante á visão da mais presente escola literária da época, o parnasianismo, que tinha o lema da