Filme matrix X mito da caverna
CAMPUS VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
CAROLINE OLIVEIRA
DANIELLE ANDRADE
SONIA RIBEIRO
A ‘MATRIX’ DE SÓCRATES: UMA ANÁLISE DO FILME MATRIX À LUZ DO MITO DA CAVERNA
VITÓRIA DA CONQUISTA
2015
A ‘MATRIX’ DE SÓCRATES: UMA ANÁLISE DO FILME MATRIX À LUZ DO MITO DA CAVERNA
O primeiro filme da trilogia Matrix, à primeira vista pode parecer apenas um filme de ficção científica como outro qualquer, mas ao apurar um pouco mais os sentidos pode-se perceber que há filosofia em cada segundo de seu decurso. Trata-se de uma obra vastamente povoada por metáforas e analogias pertinentes, com tom de alerta à sociedade e um convite a
“mudança de direção de nosso pensamento, que, deixando de olhar as sombras (pensar sobre as coisas sensíveis), passa a olhar as coisas verdadeiras (pensar nas ideias)” (CHAUÍ, 2002, p. 263) Também nesse mesmo espírito de alerta para um desvelamento, Sócrates narra a Glauco, irmão mais novo de Platão, o mito da caverna na intenção de trazer a ele a compreensão do sentido da paideía filosófica, ou seja, da dialética1 e do conhecimento verdadeiro.
Matrix é descrita no filme como um ideal gerado por computadores, feito para manter-nos sob controle, como diz o personagem Morpheus em conversa com Neo, é um mundo que se apresenta aos olhos para que não se veja a verdade, e quando questionado sobre essa verdade diz
“De que é um escravo, Neo. Como todos, você nasceu cerceado por uma prisão que não sente pelo olfato, paladar ou tato, uma prisão para sua mente. Não se pode contar a ninguém o que é a Matrix, você tem que ver por si mesmo.”(MATRIX, 1999)
O que é perfeitamente comparável ao narrado no mito, o qual diz que os prisioneiros da caverna imaginavam que aquilo que escutavam, não sabendo serem sons vindos de fora pertenciam às próprias sombras e não aos donos reais da imagens projetadas pela luz exterior vinda da fresta do muro da caverna. Tais prisioneiros não percebiam a obscuridade como situação