O Milagre econômico
Além de ser o país do futebol, o Brasil também era o país do desenvolvimento econômico entre 1969 e 1973. O governo federal, assim como os governadores de estado empossados pelo voto indireto, não mediram esforços para investir na imagem de uma nação que caminha rumo à grandeza industrial.
A base do Milagre econômico foi a expansão do setor industrial. As indústrias ganharam isenção de impostos e aumento de créditos aos consumidores. Além disso, o governo vendia títulos e, com esse dinheiro financiava grandes obras.
O crescimento da economia beneficiou empresários e também a classe média, pois significou mais empregos. Com isso cresceu também a busca por bens industriais, especialmente automóveis. A expansão na venda de automóveis fez as fábricas de autopeças, siderúrgicas e metalúrgicas aumentarem as vendas.
Outro fator que contribuiu para o milagre foi a construção de obras públicas como a ponte Rio-Niterói, os mêtros o RJ e SP, A Transamazônica, a hidrelétrica de Itaipu.As obras deram empregos para milhões de pessoas e encomendas para as industrias de prestação de serviços.
Delfim Netto, á frente do Ministério da Fazenda, deu sequência à política que tinha como objetivo promover o crescimento econômico do país.Nas palavras do ministro, era preciso “fazer o bolo crescer para dividi-lo depois”. De fato, o “bola” cresceu, mas as “fatias” foram distribuídas de modo desigual, e a renda tornou-se ainda mais concentrada nas mãos de minoria. Para as camadas médias, a sensação era de que, finalmente, tinham ganho "um lugar ao sol". O nível de emprego cresceu aceleradamente, esfarinhando sobras do "milagre" também entre o operariado mais qualificado, especialmente os metalúrgicos da indústria automobilística. Embora não tivessem obtido níveis salariais compatíveis com sua ocupação, os técnicos mais especializados, com melhor índice de escolaridade, eram imediatamente absorvidos pela ampliação da