Milagre economico
Em 1967, sob a administração agora do presidente Costa e Silva, há uma mudança radical na condução da economia. O novo presidente nomeia o Prof. Delfim Netto como Ministro da Fazenda. Havia naquele período uma forte necessidade de se legitimar o regime militar. O objetivo dos militares era o de justificar o golpe, de mostrar para que vieram, ou ainda, o de convencer a sociedade de que o novo governo era melhor que o deposto. E isso somente seria possível através de crescimento econômico. Com a mudança da política econômica implementada por Delfim Netto, o crescimento tão cobiçado aconteceu. O “milagre” econômico ocorreu entre 1968-1973, durante os governos Costa e Silva e Médici. Nesses seis anos, o Brasil cresceu a uma taxa média de 12% ao ano. Crescer seis anos seguidos a uma taxa dessa já seria o suficiente para chamar esse período de milagre. Mas, além disso, o Brasil conseguiu a enorme façanha de conciliar esse crescimento vigoroso com inflação baixa e equilíbrio no setor externo.
Durante esse período, além da área industrial, houve um forte estímulo à atividade agrícola. Foi também a época do pleno emprego, das obras faraônicas (Ex.: usina de Itaipu, Ponte Rio-Niteroi), do surgimento de bens de consumo, expansão do ensino, entre outros.
Quando Delfim Netto assumiu o controle da política econômica, a inflação já estava de certa forma contida, admitia-se conviver com uma taxa de 20 a 30 % ao ano. E para que a inflação continuasse caindo, era necessária a retomada do crescimento econômico. Os setores de bens de consumo duráveis (crescimento médio de 23,6%) e de bens de capital (crescimento médio de 18,1%) foram o carro-chefe do crescimento. O PIB chegou a 11,2% ao ano enquanto a indústria, cresceu cerca de 12,6 %. A agricultura atingiu taxas de crescimentos históricas, com uma média anual de 4,7%. As exportações dobraram e as importações passaram de 5,4 para 8,6% do PIB, gerando praticamente um equilíbrio na balança comercial.
O modelo