o medo

O medo. Há o medo! Que coisa triste. Mas, o que é o medo? O medo entre suas várias definições é um sentimento que te obriga a ficar em estado de alerta para se proteger de uma eventual ameaça. Sim esse é o medo em uma das mais simples definições, mas, o meu medo é o medo de ter medo do medo, é o medo que aflige,é o medo que traz angustia, é o medo da finitude, é o medo da morte. Angustiante é o meu medo; medo que se transforma em angustia e angustia é outro sentimento terrível que traz a sensação de solidão, de amargura, de carência, do vazio; e essas sensações lhe/me dizem que é o fim da linha.
Esses terríveis sentimentos eu tenho, só que de uma forma mais intensa, pois, a fonte de todos esses medos chama-se ansiedade generalizada que além de ter medo do medo, tenho despersonalização, taquicardia falta de ar, um grande aperto no peito e uma espécie de vertigem, tontura súbita, uma sensação de movimento do corpo ou de movimento à volta do corpo.
Se é ruim sentir medo imagine então sentir medo do medo, sentir medo da morte, sentir medo da angustia, sentir medo da solidão, sentir medo da despersonalização, sentir medo da vertigem. Sentir medo; sentir calado, sentir sozinho, sentir acompanhado, sentir à noite, sentir pela manhã, sentir, sentir e sentir.
Sentir tudo de vez, tudo com maior intensidade; intensidade no sentir, intensidade no agir, intensidade no silêncio, na solidão, na angustia; de manhã à noite, em fim intensidade no medo, medo de intensidade.
Medo controlador; medo que muda as suas formas de agir, medo de errar, medo de fazer, medo de falar e até medo de dormir. Medo do medo de ter medo das coisas que nem sei se faz medo, medo da intensidade, medo de fraquejar, medo de se olhar, medo de se vestir, medo de ficar despido, medo de tudo. Todos esses medos sinto de uma só vez quase todos os dias. Medo, medo, medo, quem és tu medo?