O mal-estar na civilização
"O mal-estar na civilização" de Sigmund Freud
Prof. João André Fernandes da Silva
Filosofia - Cefet Maracanã
Problema inicial
Existe alguma analogia entre o processo civilizatório e o desenvolvimento individual?
Se existe, quais são os critérios de comparação?
Primeira analogia:
Segundo Freud, o superego de uma época de civilização tem origem semelhante à do superego de um indivíduo. Explicação:
A primeira tentativa de explicar a analogia entre os superegos traz à baila a figura simbólica do pai primevo ou pai primordial.
Problematização
O que significam estes conceitos?
O pai primevo
Para Freud, a primeira "sociedade" surge através do parricídio, isto é, através do assassinato do pai pelo filho os pelos filhos. Incialmente, existiria uma horda formada através do domínio de um pai primordial que, ao mesmo tempo e de forma paradoxal, representava a segurança da ordem coletiva e a repressão do prazer individual dos filhos. Na primeira rebelião, com o assassinato do pai, que representava a figura do opressor mas também a do provedor das condições necessárias à existência, desenvolve-se um sentimento de culpa que será internalizado como um sentimento de que as regras que ordenaram a horda(repressão do pai) são fundamentais para a manutenção da sociedade(ética). A partir daí, toda rebelião dos prazeres instintivos será assaltada pela imagem da "culpa originária pela morte do pai".
Jesus Cristo como um símbolo deste parricídio primevo
Para Freud, a figura de Jesus Cristo, do ponto de vista histórico ou mítico(simbólico), representa este evento fundante da civilização, pricipalmente por internalizar e criar a chamada "consciência moral". Quanto mais nos sentimos culpados pela morte de Cristo mais conseguimos nos livrar ou nos opor ao assaulto dos instintos que buscam a satisfação imediata.
Segunda analogia
Os dois superegos estabelecem exigências ideais estritas, cuja desobediência é