O Mal Estar da Cultura
Em seu livro, Freud define e o conceito de “civilização”, sem distinguí-lo de
“cultura”. O primeiro, segundo o autor, é tudo aquilo que diferencia o homem do animal e o afasta da sua natureza, englobando assim todo o controle do homem à
Natureza e o conjunto de regras da sociedade. Freud acredita que o homem valoriza mais os bens de outro indivíduo, do que seu real valor, vivendo em busca de riquezas.
Freud introduz sua teoria de que a cultura causa um mal estar nos homens, pois para o ser humano viver em sociedade, renuncia seus instintos de satisfação por impulso. Entretanto, o indivíduo se torna inimigo da própria civilização, em sua tendência destrutiva, trava uma luta constante entre o viver isolado e liberto, ou em comunidade numa civilização.
O autor defende que toda religião é ilusória, pois tem uma função conservadora, defendendo o homem de seu estado de abandono infantil, tendo o papel de um pai cuidadoso e zeloso, oferecendo uma segurança necessária ao homem, pois o mesmo precisa de um controle para viver em sociedade. Caso esse controle não fosse obtido pela religião, o ser humano criaria outra doutrina para seguir e se defender. Em seu texto, Freud diz que o sofrimento humano vem de três dimensões: do corpo, do mundo externo e de seus relacionamentos, apontando métodos que já existem na sociedade para evitar a tristeza e buscar a felicidade. O sentimento do
“amor” é fundamental a sociedade, porém tem papel ambíguo: as pessoas tem medo de amar por medo de parecerem frágeis e vulneráveis, entretanto este sentimento proporciona as maiores experiências humanas, sendo assim um dos modelos para a busca da felicidade.
Na teoria de Freud, a sexualidade é de extrema importância para a manutenção e reprodução da civilização, porém as pessoas gastam mais energia com a área econômica, frustrando a sexualidade. Devido a isso Freud atribui às doenças psíquicas da época a repressão sexual causada pela