O liberalismo e a sua decadência e os fundamentos da encíclica rerum novarum

1. INTRODUÇÃO

Trata-se de uma discussão sobre a Encíclica Rerum Novarum, escrita pelo Papa Leão XIII a 15 de Maio de 1891, que rejeita o socialismo e admite a intervenção do Estado fixando idade, horas e condições de trabalho, condena a luta de classes, mas admite a união dos operários em sindicatos confessionais (cristãos), e o Liberalismo; esse que começou a se fortalecer em meados do século XIX, após as décadas de 1830-1840, com as idéias do pensador escocês Adam Smith e sua teoria da “mão invisível” onde a economia regula-se por si só. Já a encíclica critica fortemente a falta de princípios éticos e valores morais na sociedade de seu tempo, uma das grandes causas dos problemas sociais.

O documento papal se refere a alguns princípios que deveriam ser usados na procura de justiça na vida industrial e socioeconômica, como por exemplo, a melhor distribuição de riqueza, a intervenção do Estado na economia a favor dos mais pobres e desprotegidos, a caridade do patronato aos trabalhadores

O trabalho também abordará pontos como o Capitalismo e a situação social na época em que a Encíclica foi editada, de um lado, a riqueza se concentrando nas mãos de poucos e, de outro, os operários quase sempre oprimidos pela miséria e degradados por um trabalho realizado em condições desumanas; e falará sobre o conflito entre a Igreja católica e as crescentes idéias socialistas, cuja entrada em cena foi precedida por um impulso da industrialização na Europa. Diferentemente do liberalismo e da democracia, os socialistas colocaram em questão o próprio capitalismo, propondo em seu lugar uma sociedade essencialmente igualitária. Surgia assim uma alternativa revolucionária de transformação da sociedade capitalista que iria preparar a Revolução Russa de 1917. Abordaremos também sobre a reação católica a esse movimento operário. Num primeiro momento houve a exortação à paciência, à aceitação religiosa da pobreza e isso acompanhado da ação caritativo-assistencial, mas, pouco a