O julgamento de sócrates
Sócrates, filósofo grego, viveu por volta de 500 anos a.C.. Durante seus 70 anos de vida, procurou ensinar as verdades espirituais eternas, questionando as falsas tradições da cultura helenística, sendo, por isso, condenado à morte por ingestão de cicuta.
Julgamento de Sócrates, sua defesa e considerações finais:
A DEFESA
A acusação diz:
“Sócrates comete crime, investigando indiscretamente as coisas terrenas e as celestes, e tornando mais forte a razão mais débil, e ensinando aos outros”.
“Enfim, Sócrates, o que é que você faz? De onde nasceram essas calúnias? Se suas ocupações não fossem tão diferentes das dos outros, não teria ganho tal fama e não teriam nascido acusações”.
Sócrates responde:
Quando Xenofonte (discípulo de Sócrates) interrogou um oráculo e perguntou se havia alguém mais sábio do que eu (Sócrates), a pitonisa disse que não havia. Sabendo eu que não sou tão sábio assim, resolvi investigar o significado de suas palavras. Então fui a um daqueles detentores da sabedoria para refutar ao oráculo. E disse que este era mais sábio que eu, e fazendo isto percebi que este homem se achava tão sábio quanto o povo dizia que ele o era e tentando eu demonstrar-lhe que ele somente parecia sábio sem o ser adquiri muitos inimigos. Mas constatei que sou mais sábio do que eles, por saber que nadas sei e estar certo disso.
E então me aconteceu o seguinte: procurando segundo o critério de deus, pareceu-me que os que tinham mais reputação eram os mais desprovidos, e que os considerados ineptos eram homens mais capazes quanto à sabedoria.
Também procurei os artífices e devo dizer que os achei instruídos em muitas e belas coisas. Contudo eles tinham o mesmo defeito dos poetas: cada um pretendia ser sapientíssimo, também nas outras coisas de maior importância e esse erro obscurecia o seu saber. Dessa investigação, cidadãos atenienses, tanto me originaram calúnias como também me foi atribuída a qualidade de sábio.
E por ser seguido