O Julgamento de Sócrates

1499 palavras 6 páginas
Sócrates foi condenado em Janeiro, 399 antes de Cristo, com 71 anos, por uma acusação de "impiedade": foi acusado de corromper os jovens com a sua filosofia e de ateísmo, mas na realidade, estas acusações encobriam grandes mágoas contra Sócrates por parte dos poderosos da época. O tribunal era constituído por 501 cidadãos. Entre as acusações houve uma que se referia à introdução de novas entidades divinas negando os Deuses da pátria. Seus acusadores foram: Meleto, Ânito e Lícon. Meleto era um poeta novo e desconhecido, era o acusador oficial, porém nada indicava que ele no papel de acusador oficial fosse o mais respeitável ou temível, mas somente aquele que assinava a acusação. Representava a classe dos adivinhos e poetas. Ânito que era um líder democrático, que tinha um filho cujo era discípulo de Sócrates. Representava a classe dos políticos. Era um rico artesão que fabricava barris, pipas e tonéis para embalar, conservar e transportar mercadorias, que representava os interesses dos comerciantes e industriais, era poderoso e influente mesmo não sendo um homem dotado de escrúpulos e moral interior. Foi o mais importante dos acusadores e foi aquele que passou a impressão de conhecer Sócrates, que a ele alude como de Meleto fosse seu subordinado, como se deste tivesse originado a ideia de pena de morte para convencido Sócrates a deixar a cidade antes que o processo tivesse cumprimento. Pouco se sabe de Lícon. Era um retórico obscuro e o seu nome teve pouca autoridade e importância no decorrer da condenação de Sócrates. Representava a classe dos oradores e professores de retórica. Talvez Lícon pretendesse a condenação de Sócrates, devido ao seu filho ter-se deixado corromper filosoficamente, moralmente e sexualmente por Callias, e Callias era um associado de Sócrates. Meleto disse: "...Sócrates é culpado do crime de não reconhecer os deuses reconhecidos pelo Estado e de introduzir divindades novas; ele é ainda culpado de

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