O jornalista e o assassino: a ética em pauta.
O jornalista e o assassino é um livro escrito por Janet Malcolm, em 1990. Com um forte teor crítico, coloca em pauta questões relacionadas à ética jornalística, à liberdade de imprensa e de expressão, e aos tão famosos processos judiciais. É envolto por uma traição jornalística. O médico, Jeffrey McDonald, acusado de assassinar a esposa grávida e suas duas filhas, vê em Joe McGinniss, jornalista e escritor conceituado, a forma de tentar provar ao mundo sua inocência através da publicação de um livro, contando sua versão dos fatos. Porém, as coisas não saíram como McDonald esperava.
O jornalista e o assassino, certamente não é um livro para alguém que deseja relaxar tomando seu chá da tarde. Pelo contrário, é uma leitura que nos inquieta. A cada página lida, aumenta o desejo de solucionar o caso dramático sobre a morte de três pessoas que não mereciam tamanha crueldade e nos fazem, também, refletir sobre até onde o vai o limite da “liberdade” de expressão. McGinniss, após algum tempo sem conseguir publicar livros que trouxesse fama e aclamação, como ocorreu quando publicou: The selling of the presidente, 1968 [A promoção do presidente, 1968], descobriu o caso de McDonald, um jovem médico que estava prestes a ser julgado por assassinar sua esposa, Collete, e suas duas filhas, Kimberly e Kristen. O jornalista procurou McDonald e após uma longa conversa acabaram entrando em um acordo que seria lucrativo para ambos, pois assim, McDonald teria o aliado que precisava e, McGinniss, a história do seu próximo livro, além do exclusivo e total acesso às informações, que muitos escritores almejam conseguir dos seus protagonistas.
Após anos de dedicação para com o livro, houve um estreitamento de laço de amizade entre os dois. Eles estavam, a cada dia, mais inseparáveis, chegaram até morar juntos, para que as entrevistas não precisassem parar por tanto tempo. Porém, o que McDonald não esperava era que