Analise livre jornalista e o monstro janet malcolm
A complexidade que envolve a prática do jornalista, talvez decorra da falta de um “regulamento” (não sei se é a palavra certa) da profissão. Ou até mesmo, seja a falta desse “regulamento” a real prática da profissão de jornalista, que quando confrontada, apoia-se em embasamentos como a “ liberdade de expressão” e de “interesse público”, mas ainda assim é complexo.
A relação jornalista-fonte( ou entrevistado) é completamente diferente de outras relações de trabalho; como o do professor com o aluno, do médico com o paciente, do advogado com o cliente. Enquanto nessas relações profissionais existe um interesse mútuo, ou seja o do aluno de aprender, o do paciente em se recuperar e o do cliente em ganhar a causa, na relação do jornalista com a fonte essa premissa nem sempre é verdadeira.
O interesse do jornalista, em alguns casos, é pessoal. Em uma profissão, onde você “está”, e não “é”, “formador de opinião” com o meio de disseminação de informações nas mãos, a responsabilidade é muito grande, pois a concorrência também é. Cada jornalista tem a sua opinião, sua visão e críticas, e todas elas são individuais para cada um. Não há uma verdade, e sim várias. Em relação à concorrência, aqueles que escrevem querem o espaço do outro ou na folha do jornal, ou até mesmo nas estantes das livrarias, basta ter um “conteúdo rentável”. Informação é importante e necessária, logo descobriram um jeito de ganhar dinheiro com ela.
No livro Fatal Vision, publicado em 1983 pelo jornalista americano Joe McGinniss, Jeffrey MacDonald, um médico renomado com passagem pelo exército, é retratado como um psicopata frio, cruel e viciado em remédios para apetite, sendo esses, os responsáveis por um surto