O jornalismo como forma de conhecimento
Considerações sobre o tema com base no texto de Eduardo Meditsch
Tudo o que nos permite o aprendizado é uma forma de conhecimento, e transmitir o que aprendemos também é uma forma de conhecimento. Já dizia o educador Paulo Freire:
“Todo o conhecimento autêntico nasce de uma pergunta. Não há conhecimento sem pergunta.”
O ato de conhecer seria necessariamente o ato de perguntar e responder à pergunta, e isso é feito todo o tempo pelos jornalistas. Ao buscar pelas informações a serem publicadas em jornais, revistas, internet ou até mesmo as transmitidas pela tv e pelo rádio, é necessário que seja feita uma série de pesquisas, às vezes entrevistas, visitas ao local do ocorrido e após essa série de fatores relevantes, a confecção de um texto coerente, coeso e com emprego correto da língua portuguesa. Todas essas etapas percorridas a cada nova notícia podem ser consideradas uma obtenção de conhecimento. Contudo, a questão do jornalismo enquanto conhecimento admite diversas interpretações. Eduardo Meditsch, autor do texto, classifica estas interpretações em três abordagens principais. A primeira abordagem nasce da definição de conhecimento não como um dado concreto, mas como um ideal abstrato a alcançar. Uma vez estabelecido este ideal, passa a ser o parâmetro para julgar toda a espécie de conhecimento produzido no mundo humano. O método científico, por exemplo, foi o escolhido como adequado para se conhecer e dominar o mundo, e todas as outras alternativas de conhecimento à margem deste padrão foram desmoralizadas, consideradas imperfeitas e pouco legítimas. Esta visão que entroniza a ciência como “o método de conhecimento” estabelece a primeira das abordagens do problema do jornalismo em relação ao conhecimento. Para ela, o jornalismo não produz o conhecimento válido, e contribui apenas para a degradação do saber, principalmente por conta da manipulação das informações. Uma segunda forma de abordagem do