O jogo como prática de ensino Interdisciplinar
A Educação Física vivenciada por mim na época escolar (1983-1994) passou despercebida. Não entendia a Educação Física como disciplina e sim como espaço onde eu jogava algum esporte, dava algumas risadas e não me preocupava com a nota no final do bimestre. Durante as aulas de Educação Física eu não estava preocupado em aprender e sim apenas em me divertir.
Em 1996 tive a oportunidade de fazer parte de um grupo de pessoas que se reuniam para aprender teatro, foi onde descobri que existem várias formas de aprendizagem além daquela encontrada na Escola, com resultados satisfatórios. Lá eu continuava a jogar, a dar risadas, não tinha preocupação com nota, mas tinha o objetivo de aprender e exercitar o que estava sendo vivido.
Qual era o diferencial entre as duas formas? Na primeira forma eu não encontrava uma razão para aprender tal movimento ou esporte, já na segunda eu participava pelo puro prazer de estar descobrindo o porquê de realizar cada ação.
Após ter algumas experiências na prática de ensino/aprendizado através do teatro, e ter lido alguns especialistas como Bertold Brecht, Augusto Boal, Viola Spolin entre outros, percebi que necessitava de uma formação mais teórica. Foi então que resolvi estudar Letras, cujos dois semestres que estudei (1998), me proporcionaram a chance de ampliar meus horizontes em relação ao ensino. Infelizmente não consegui concluir este curso, mas tive a oportunidade de iniciar uma nova experiência de trabalho, o da recreação.
Nesta fase percebi que um ensino motivador para o aluno seria de grande importância, comecei então a procurar seguir uma linha de educação interdisciplinar através do jogo (prazer) e do teatro (relação). Trabalhei com estes temas de 1998 a 2001 nas oficinas de teatro no município de Ribeirão Pires com crianças, adolescentes e adultos.
Após ter casado e tendo uma filha para educar, senti novamente que seria necessário estudar, foi então que decidi escolher algo que se aproximasse dos jogos