O Início do Milagre Econômico Brasileiro (1964-1967)
Disciplina: História do Brasil III
Aluno: Leonardo Barroso Dias da Rocha
Data: novembro/2013
1964-1967 - O INÍCIO DO MILGARE
O quadriênio de 1964 a 1967 foi um período de “recessão calculada” e de preparação de terreno para o período do dito Milagre Econômico (1968-1974). As políticas econômicas e trabalhistas do recém-instaurado governo militar foram no sentido da manutenção do vitorioso regime econômico implantado por JK na década de 50. Mas com o quadro de grande recessão, esta manutenção não ocorreu de forma natural, pois o sistema já se encontrava com grandes sinais de esgotamento. A continuidade foi então feita de forma forçada, se apoiando em dois pilares básicos: a política trabalhista e os incentivos às grandes empresas.
a) Política trabalhista:
A política trabalhista foi na realidade uma política totalmente anti-trabalhista, diametralmente oposta à política de incentivo e valorização do trabalhador por Vargas. A política do presidente Castello Branco e de seus ministros Roberto Campos e Otávio Bulhões foi a de desvalorização total da classe trabalhadora e operária, através do arrocho salarial, da intervenção e distorção sindical e da exploração dos trabalhadores, embasada e orientada por uma nova legislação trabalhista colocada em prática.
O arrocho salarial foi dado primeiramente pela instituição de um teto dos aumentos salariais, o que na prática os colocava sempre abaixo da inflação, ou seja, diminuía o poder de compra do trabalhador. Além disso, o direito à greve foi abolido, assim como foram retirados os empecilhos legais contra as empresas em relação às demissões.
Com o temor da formação e organização de militância política contrária ao regime, o governo promoveu uma grande reformulação dos sindicatos trabalhistas. Além de acabar com o CGT (comando geral dos trabalhadores), o governo passou a fomentar os sindicatos como espaços mais sociais do que políticos, valorizando