O iluminismo no feminino
SLIDE 1 No século XVIII, as ideias do Iluminismo foram espalhadas através de um percurso pouco convencional: em casas de elegantes senhoras aristocratas, isto acontecia até no palácio de Versalhes. Muitas senhoras da aristocracia começaram a reunir grupos nas suas casas, esta iniciativa foi originária da cidade de Paris. Estes convites não eram baseados na posição social, mas sim na inteligência, sagacidade e intelectualidade da pessoa. Nas casas de moda de Paris, as elites da sociedade reuniam-se para noites de debate e conversa. Pensadores, iluminados, aristocratas, membros ricos da classe média, novos-ricos, altos oficiais militares e estrangeiros, misturavam-se em pé de igualdade. As mulheres, neste cenário, desempenhavam um papel dominante, embora não lhes fosse permitido participar nas discussões nem interferir nos assuntos tratados. As anfitriãs dos salões, são hoje vistas como figuras liderantes do iluminismo no feminino.
Na cidade de Paris, diversas mulheres da elite parisiense passaram a organizar reuniões de intelectuais e pensadores para poderem, elas mesmas, debater ideias, autores e pensamentos políticos e filosóficos. Os debates propostos pelas mulheres intelectuais de Paris tiveram o carácter de debate livre de temas e ideias, mas eram de certo modo recônditos, secretos.
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Como já foi referido na nossa introdução, os iluministas defendiam a liberdade e a igualdade entre os homens como uma condição inerente ao ser humano. No entanto, esse ideal de igualdade, que era pregado pelos iluministas, não se estendia às mulheres. A maioria dos intelectuais e políticos não concordavam com a participação feminina nas discussões políticas e filosóficas.
Para a maior parte dos filósofos iluministas, as mulheres tinham falta de razão, possuíam um raciocínio inferior e incapacidade de invenção. Essa incapacidade era baseada numa psicologia "natural". A mulher era vista como o ser