O idoso na contemporaneidade
Embora o idoso possua seu próprio processo histórico marcado pelas características do processo de envelhecimento do corpo é importante ressaltar que apesar das delimitações físicas esse indivíduo possui papel fundamental na família na qual está inserido, e é fundamental discutir como esse idoso vem sendo encarado pelos indivíduos que o cercam. Não basta apenas encarar o idoso como indivíduo que necessita de maior atenção ou cuidados especiais, é necessário encará-lo como sujeito munido de significados próprios, de pensamentos e opiniões próprias que muitas vezes escondem-se por detrás da fragilidade física da qual estão sujeitos. Contudo a fase da velhice, em muitas famílias, é vista como um período longe de ser vivido, além de ser repudiada pelos seus membros mais jovens.
“Vivemos em uma sociedade em que a expectativa é ser adulto. Quando uma criança ou um adolescente projeta o futuro sempre se vê como um adulto jovem, formado, com alguma profissão, trabalhando e ganhando dinheiro. Não se imagina um velho feliz e até prefere nem pensar na velhice, como se o velho já fosse um semimorto ou alguém com uma doença infectocontagiosa. Para muitas pessoas, quando se fala em velho a imagem que vem à mente é a de um sapato gasto, furado e que, portanto, já não serve para mais nada.” ( ZIMERMAN, 2000, p.28).
O idoso de fato vem sido encaro como indivíduo em que muitos não pensam em se tornar. É encarado como aquele indivíduo debilitado, sem expectativas e que está à beira da morte. Essa concepção, na maioria das vezes, é cultivada dentro de suas próprias famílias o que se torna ainda mais desafiador para o idoso em se sentir fundamental e membro integrante do seu círculo familiar. (ZIMERMAN, 2000). Essa concepção de que o idoso é um “peso morto” em sua própria família não é característica apenas dos mais jovens de seu círculo familiar. Muitos idosos chegam a pensar dessa mesma forma, de tanto conviverem em