O idoso na contemporaneidade: o acesso a educação superior como possibilidade de socialização
Lucivânia Aparecida de Souza
Resumo: O presente artigo apresentar a questão do idoso e as transformações sociais do envelhecimento com o propósito de desmistificar e desassociar a visão da sociedade de que a velhice é a idade da decadência e das perdas dos papéis sociais. Destaca a perspectiva do idoso rotulado como incapaz, buscando alertar a sociedade de que é corresponsável juntamente com o Estado pela valorização do idoso em todos os seus aspectos e particularidades. Traz a discussão sobre o acesso à educação direcionada aos idosos, de ambos os sexos, realizada pela Pontifícia Universidade Católica - PUC-SP, para todos aqueles que estão interessados em atualizar seus conhecimentos. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e exploratória, que de acordo com Gil (2002, p.41) tem como objetivo proporcionar maior familiaridade, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses, inclui levantamento bibliográfico e entrevistas.
Palavras Chaves: Envelhecimento, Idoso, socialização, universidade.
1. INTRODUÇÃO:
O Brasil está em franco processo de envelhecimento populacional (NÉRI; DEBERT, 2004), segundo dados do IBGE em 1940 as pessoas com mais de 60 anos não representavam mais do que 4% da nossa população, já em 1996 eles representavam 8% e hoje ultrapassam os 12%, devendo até 2020 alcançar os 15%. Em 1940, a expectativa de vida era de 39 anos, hoje é de 72 anos para mulheres e 68 anos para homens. Essa nova condição do envelhecimento faz com que conceitos de velhice necessitam serem revistos pela sociedade. Mudanças intensas afetaram a configuração da nossa sociedade, a queda nas taxas, tanto de mortalidade quanto de natalidade, transformou a pirâmide demográfica, que, aos poucos, foi perdendo sua configuração, e fez surgir maior perspectiva de longevidade para a população brasileira.
O envelhecimento populacional tem trazido à tona