O homem Invisível
Este lutou um pouco mais e depois ficou imóvel. — Se gritar, rebento sua cara — advertiu o Homem Invisível, liberando-lhe a boca. — Sou um Homem Invisível. Não é tolice nem feitiçaria. Sou realmente um Homem Invisível. E quero sua ajuda. Não pretendo machucar você, mas se se comportar como um labrego apavorado, terei que fazê-lo.
Não se lembra de mim, Kemp? — Griffin, do Colégio Universitário? — Deixe-me levantar — disse Kemp. — Não sairei de onde estou. Deixe-me sentar calmamente um minuto. Sentou-se e apalpou o pescoço. — Sou Griffin, do Colégio Universitário e tornei-me invisível. Sou apenas um homem comum — um homem que você conheceu ... e que ficou invisível. — Griffin? — repetiu Kemp. — Griffin — confirmou a Voz —, um estudante mais moço, quase albino, de perto de um metro e noventa, forte, com um rosto cor-de-rosa e olhos vermelhos — aquele que ganhou uma medalha em química. — Estou confuso — queixou-se Kemp. — Meu cérebro parece um turbilhão. Que tem isso a ver com Griffin? — Eu sou Griffin. Kemp pensou. — É espantoso — disse. — Mas que tipo de bruxaria acontece para tornar um homem invisível? — Não é bruxaria. É um procedimento racional e bastante inteligível. . . — É espantoso — repetiu Kemp. — Mas como. . .? — É espantoso, concordo. Mas estou ferido, com dor e cansado. . . Meu Deus! Kemp, você é homem. Controle-se. Dê-me o que comer e beber e deixe-me sentar aqui. Kemp contemplou fixamente a atadura que se movia pelo quarto, depois viu uma cadeira de vime ser arrastada pelo chão até chegar perto da cama. Ouviu um