homem invisivel
O tema nasceu em 1994 quando o autor Fernando Braga cursava Psicologia na USP. Como tarefa, ele precisou acompanhar durante uma semana o trabalho dos garis, como forma de investigar a humilhação social. Fernando Braga da Costa varreu calçadas e ruas, limpou lixeiras, conversou com os verdadeiros garis e sofreu na pele a humilhação social a que estão expostos diariamente,submetidos à condição de 'invisíveis' perante seus 'superiores'. a questão da desigualdade e exclusão dos indivíduos, o autor se debruça sobre um fenômeno muito interessante: o desaparecimento simbólico de indivíduos pobres com profissões que não exigem qualificação escolar ou técnica. a investigação foi conduzida por meio de um estudo etnográfico realizado em dois níveis: investigação participante de uma modalidade de trabalho não-qualificado e subalterno (trabalho de garis) e investigação do encontro do pesquisador com trabalhadores pobres. se deu quando ele, vestido como eles, não foi enxergado por amigos, colegas e professores que haviam estado com ele apenas algumas horas antes. Por que ao usar um uniforme ele desapareceu? A rotina começou há 10 anos, com um trabalho de Psicologia Social, disciplina que cursava na USP. universidade. As descobertas o levaram a estudar profundamente a relação da sociedade com esses trabalhadores. impulsionaram a entender melhor o nosso meio psicossocial”, explica ele, que desenvolveu a tese sobre a “invisibilidade pública”, isto é, profissionais como faxineiros, ascensoristas, empacotadores e garis não são “vistos” pela sociedade, que enxerga a função, não a pessoa. A invisibilidade e a humilhação.O objetivo não é só conquistar condições melhores para os varredores. “É preciso reinventar a divisão de trabalho para que não exista uma pessoa responsável por limpar nossa sujeira. Esses problemas, contudo permitem que entendamos o lado de lá de
Profissões pouco qualificadas, de um ponto de vista parcial, sem dúvida, mas
Provocativo. A