O Guardador de Rebanhos
Nomes: João Vilson, Henrique, William, Samuel e Ruan.
Turma: 311.
Disciplina: Literatura.
Análise crítica do poema: O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa).
A obra contêm poemas que mostram a forma simples e natural de sentir e dizer de seu autor, voltado para a natureza e as coisas puras.
A sua forma modular permite que o poema se estenda com repetições de motivos que passam de texto para texto não resolvidos ou por resolver, numa recombinação sucessiva onde surge uma suspeita temporalidade. Assim, a natureza aleatória das séries (outra designação para o poema serial) sugere que estas são anárquicas, não porque acabem num tumulto de sentidos incompreensíveis, mas porque se recusam a impor uma ordem externa nos assuntos que tratam ou desenvolvem.
Por outro lado, se o poema de Caeiro oferece um texto final de adeus, este final é completamente a sua vontade, não decorre de nenhuma finalidade ou intencionalidade, como acontece necessariamente com o poema épico. Além disso, a sequencia dos textos não é subordinada, antes denuncia o seu acaso de inspiração.
O Guardador de Rebanhos guarda pensamentos, que são sensações. O símbolo do rebanho é a representação do limite da existência humana, onde reside a liberdade. O que possui rastros do religioso torna-se demoníaco. O símbolo rompe a angústia da separação e busca na dimensão do divino, o divino que se rompera.
Na obra há um aperfeiçoamento gradual neste sentido: os poemas finais e sobretudo os quatro ou cinco que precedem os dois últimos são de uma perfeita unidade.
O autor é um poeta voltado para a simplicidade das coisas. Vive em contato com a natureza, extraindo dela os valores simplistas com os quais alimenta a alma. Embora contrária às filosofias tradicionais, esse caráter de Fernando Pessoa segue ainda os princípios acadêmicos em seus versos. É o lírico que restaura o mundo em