Guardador de Rebanhos
Português
Ano Letivo 13/14
O Guardador de
Rebanhos
Poema XXI V
Poema XXIV
O que nós vemos das coisas são as coisas.
Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Porque é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores,
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
Análise Formal
Exemplos:
Verso 1: “O-que-nós-ve-mos-das-coi-sas-são as-
coi”
(10 sílabas métricas – verso decassílabo) Verso 8: “E-nem-pen-sar-quan-do-se-vê”
(8 sílabas métricas – verso
Métrica
irregular octossílabo) Poema XXI V
Análise Formal
(…)
Rima
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar, cruzada
Rima
Saber ver quando se vê, emparelhada E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa.
Rima
(…) emparelhada Nem as flores senão flores,
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
Rima irregular
Poema XXI V
Análise Temática
(…)
O que nós vemos das coisas são as coisas. Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Porque é que ver e ouvir seria iludirmonos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
(…)
Primeira estrofe
Poema XXI V
Análise Temática
(…)
O que nós vemos das coisas são as coisas. Repetiç
(…)
Primeira estrofe
Poema XXI V
ão
Análise Temática
(…)
Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra? Porque é que ver e ouvir seriaPleonas iludirmo-nos Se ver e ouvir são ver e ouvir? mo
(…)
Aliteraçã o Anáfor a Primeira