O gerenciamento de projetos no contexto do desenvolvimento de novos produtos
INTRODUÇÃO
Foi sancionada no dia 02 de dezembro de 2004 a nova Lei de Inovação, que “estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do País” [1]. Os principais objetivos da nova lei são (1) o estímulo à atuação conjunta entre empresas nacionais e instituições científicas e tecnológicas na geração de produtos e processos inovadores, (2) o estímulo à participação das instituições científicas e tecnológicas no processo de inovação e (3) o estímulo à inovação nas empresas [2].
A nova Lei de Inovação era aguardada com muita ansiedade nos meios acadêmico e empresarial brasileiros [3], uma vez que as políticas públicas no Brasil não ofereceram, até o momento, instrumentos eficientes para melhorar a capacidade tecnológica das empresas. Ainda há muitas barreiras a serem transpostas na interação entre empresas, governo, universidades e instituições tecnológicas, em especial o paradigma da pesquisa no Brasil, que privilegia a publicação de artigos e não reconhece o papel das empresas como parte do sistema de inovação [4]. A expectativa, com a promulgação da nova Lei de Inovação, é de um aumento tanto nos investimentos em P&D quanto no número de pedidos de patente, índices que, no Brasil, são muito inferiores aos padrões internacionais. Uma das conseqüências dessas mudanças, caso elas se confirmem, é o crescimento no número de projetos de desenvolvimento de novos produtos nas empresas brasileiras, o que irá impor uma demanda por profissionais capazes de conduzir, com competência, tais projetos. Neste artigo, apresentamos, em linhas gerais, uma análise do processo de desenvolvimento de novos produtos, e apontamos a grande sobreposição desses processos com os processos de gerenciamento de projetos, tais como são apresentados no