O ganho de ponto
O lado escuro da produção gráfica
Hoje em dia, com avanço da tecnologia, as impressões estão cada vez mais ágeis. Com os monitores coloridos e as impressoras de mesa, podemos criar um impresso em quatro cores e ver o resultado imediatamente, na tela do monitor. Porém, o maior desafio é fazer com que a prova do monitor corresponda à impressão final. Os monitores e impressoras de mesa são hoje os primeiros dispositivos utilizados para prova, mas é preciso ter cuidado para não aprovar um trabalho insatisfatório, pois para que esses dispositivos funcionem bem, é preciso ajustá-los de forma que imitam o comportamento cromático dês tintas offset nas impressões industriais. O ganho de ponto nas impressões de larga escala faz com que as imagens fiquem diferentes do previsto. Na área gráfica e de pré-impressão, não há ainda um consenso sobre a forma correta de medir o ganho de ponto.
TINTA E PAPEL O ganho de ponto ocorre quando colocamos tinta sobre o papel para formar a imagem, devido a fatores físicos e ópticos, fazendo com que as tonalidades e cores se apresentem de forma diferentes do que seria esperado, em especial nas retículas dos meio-tons. Por ter tendência ao escurecimento, conforme o tipo de papel e o processo de impressão, essas cores podem apresentar um escurecimento maior ou menor. Mas também há casos de “ganho de ponto negativo”, onde as cores clareiam. Felizmente, boa parte desses efeitos podem ser previstos com antecedência, permitindo que façamos uma compensação nos arquivos digitais e fotolitos. A principal característica do ganho de ponto é o aumento da área coberta pela retícula, que é parecido com uma gota de tinta quando cai sobre um papel e é absorvida pelas fibras, formando assim uma mancha bem diferente da gota que caiu. O mesmo fenômeno ocorre em escala reduzida, em todos os processos de impressão que usam originais reticulados. Quanto mais absorvente for o papel e quanto maior for a quantidade de tinta aplicada