O fracasso do método
Na maioria das instituições públicas ou privadas, nas quais adquiro um produto ou serviço, tenho a impressão que fui lesado, ou que ficou faltando algo. As expectativas criadas pelo fabricante ou pelo prestador de serviços nunca são satisfeitas, as especificações técnicas não são claras ou não são asseguradas e na maioria das vezes encontro o mesmo produto ou serviço por um preço muito melhor em outro local. Durante o atendimento sempre tenho impressão de estar incomodando ou atrapalhando alguém. O atendente algumas vezes disperso, outras vezes tenso ou mal humorado, diante de qualquer variação nos padrões de atendimento ou qualquer dúvida de minha parte ou dele próprio, logo aponta outra pessoa, outra área, sessão, equipamento ou sistema, que “vai estar resolvendo” o meu problema.
E quanto ao tão famoso “pós venda”? Ocasionalmente, quando sou procurado por alguma instituição para avaliar o seu produto ou seu serviço, sinto-me diante de uma criança que acaba de fazer uma descoberta ou aprontado alguma confusão e viesse eufórica solicitar minha aprovação, ou temerosa apresentar justificativas para sua atitude. Nas filas dos aeroportos, hospitais, escolas, delegacias, supermercados, oficinas, padarias e etc..., sinto-me literalmente um maior abandonado, sem ter nenhum “órgão responsável” para me atender. Por falar em órgão responsável: ANATEL, ANAC, ANEEL, PROCOM, DER, DETRAN dentre outros, não acham que nos prestam favor, eles têm certeza. Mesmo quando enfaticamente nos dizem para deixar “pra lá” a questão apresentada, pois vai dar muito trabalho. Trabalho para quem? Quem deveria se dar ao trabalho de resolver as questões apresentadas? Não é para isso que eles existem? Não seria esta sua missão?
Ante esta realidade relatada por amigos, usuários de produtos e serviços em comum, colegas de filas, jornais, revistas e televisão, constato que a relação com nossos fornecedores é de perde ganha, nós perdemos e alguém ganha. Como