O Feminismo No Brasil
Uma história do feminismo no
Brasil.
PINTO, Céli Regina Jardim.
São Paulo: Fundação Perseu Abramo,
2003. 119 p. (Coleção História do Povo
Brasileiro).
Céli Regina Jardim Pinto tem formação em história e é doutora em ciência política pela
Universidade de Essex, na Inglaterra. É professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde desenvolve suas atividades de docência e pesquisa, tendo sido coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política.
Atualmente, orienta dissertações e teses e coordena projetos de pesquisa sobre as relações entre as organizações não-governamentais
(ONGs), principalmente as ONGs feministas, a sociedade civil e o Estado. Publicou livros e artigos no Brasil e no exterior sobre os espaços públicos e a participação política da mulher no Brasil, além
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de trabalhos e livros de análise do discurso político brasileiro. No livro Uma história do feminismo no Brasil, organizado em quatro capítulos e baseado em informações das escritoras do feminismo Albertina
Costa, Anette Goldberg, Mary Castro, Moema
Toscano, Mirian Goldberg, Mirian Grossi, Miriam
Moreira Leite, Schuma Shumaher, Sonia Álvares e
Vera Soares, Céli Pinto sinaliza que são múltiplos os objetivos, as manifestações e as pretensões do feminismo brasileiro. Em decorrência de ser um movimento difuso, nessa obra, destaca as principais tendências, situando-as em dois momentos: o primeiro, do final do século XIX até
1932, é o período tratado no primeiro capítulo; o segundo, do feminismo pós-1968, abordado nos outros três capítulos.
No primeiro capítulo, “Em busca da cidadania”, Céli Pinto discorre sobre o conjunto diverso de manifestações do movimento feminista, identificando duas tendências, que tiveram início no final do século XIX e se estenderam pelas três primeiras décadas do século XX. A primeira tendência teve como foco o movimento sufragista liderado por Bertha Lutz. Chama essa tendência de feminismo “bem comportado” para