O existencialismo que corre na veia
Se os dias passam, é porque as horas voam, os segundos então, nem sei como dizer.
Continuo na solidão, mesmo em um aperto povoado, as portas são trancadas, o calor aumenta e me sinto no inferno. Mesmo com a paz repleta no coração.
Paz esta que vive oscilando, entre o sim e o não. Entre vitórias e fracassos, entre sorrisos e decepções.
Já dizia Sartre, o maior pensador: “O homem é o projeto de si.”. Apenas não sei o que faço com tamanha liberdade em minha razão.
Jogo com a “má-fê” e jogo errado, contrario o passo dado e o que ainda nem foi buscado.
Vivo na dor e me acostumei com a solidão. Enquanto o projeto traçado, vivido e buscado, resplandece flores no mais puro orvalho.
Vida mental corrompida, mal buscada, mal interpretada.
Querer sofrer, para poder um dia sorrir, o caminho errado, a “má-fê”, Sartre em estado natural, invertido, errado, mal interpretado.
Sou um existencialista de coração cheio e alma repleta, me orgulho de assim ser.
Pois como disse Kierkgaard: “A existência precede a essência.”. Sou o que faço, não o que acredito, sinto o que faço e não no que penso.
Quer colher rosas? Plante o seu jardim, mas muito cuidado com os espinhos, eles realmente machucam.
Quer doçura? Plante morangos e não se esqueça dos duendes, são sábios e grandes apreciadores, assim me disse um espírito amigo.
A vida é fácil, pacata, sem graça, às vezes da até preguiça ao amanhecer.
O que faz continuar são as dores sempre presentes, a vontade de superação, de diferenciação.
Como disse muito bem Heidegger, possuímos nosso “ente”, nossa representação como seres de vontade, nosso tudo, que transforma-se em nada e deixa o corpo vazio, quando o “ente” não mais satisfeito resolve sair.
É onde reina o caos, é onde a moral se vai e a grande peste é liberta, a angustia, que por não ter onde se prender causa a fúria nos sentidos e uma enorme dor no coração. Fúria bandida, dor da frustação.
Em um ser vazio, que sonha em realização, mas