O Existencialismo De Sartre
artigo
O Existencialismo de Jean Paul Sartre
Nadime L'Apiccirella
Estudante de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos UFSCar email: nadilapi@bol.com.br
No ensaio "O Existencialismo é um Humanismo", de 1946, o filósofo francês Jean Paul
Sartre (1905 1980) oferece uma resposta como esclarecimento sobre o existencialismo, cuja compreensão estava sendo vulgarizada e interpretada de acordo com a ideologia do público leitor.
O filósofo francês Jean Paul Sartre.
O pesamento marxista criticaram o existencialismo, acusandoo de obscurecer o lado luminoso da vida e destacar a sordidez humana. Uma vez admitida a repugnância humana, o ser humano estaria descompromissado da solidariedade e a ação social estagnada. Já os católicos acusam o existencialismo de deixar o homem em um estado de gratuidade, onde tudo é permitido, pois se não existe Deus não há como condenarmos uns aos outros.
Sartre procura responder a essas críticas explicando, primeiramente, em que usa o termo humanismo no sentido de que toda a ação passa pela subjetividade, assim toda a ação é humana, seja repugnate ou não. Ao nos depararmos com algo injusto, segundo a concepção existencialista, pensaremos “isto é humano”. Mas isto não significa uma concepção pessimista, ao contrário, é uma visão otimista: se é humano, posso ou não praticar este ato não há nada além de mim mesmo que me compele a isto.
Neste momento, Sartre cita as duas escolas existencialistas, a católica e a atéia. Ambas têm em comum apenas a adoção do pressuposto de que a existência precede a essência.
Para explicar tal significado, Sartre inicialmente apresenta a idéia oposta, comparando o ser humano com um objeto fabricado. Para qualquer objeto temos um modelo, que definirá como será o produto. Neste caso a essência (modelo) precede a existência (produto). Os filósofos do século XVII,