O Existencialismo de Sartre

O EXISTENCIALISMO

Jean-Paul Sartre nasceu em Paris em 21 de junho de 1905. Filho de Jean-Baptiste Sartre, um oficial da marinha e Anne-Marie Schweitzer. O pai morreu quando Sartre era criança, sendo criado e educado pelo avô materno Charles Schweitzer, que era professor de línguas e por alguns professores contratados. Na adolescência, estudou em Paris até se mudar com sua mãe e o padrasto para a cidade litorânea de La Rochelle.
Em 1924, em Paris, Sartre entra na École Normale Supérieure, sendo um aluno interessado, especialmente pelas aulas de Alain (1868–1951), que dedicava atenção particular à discussão da liberdade. Articula-se aos ateus e pacifistas e mantém o individualismo e o desinteresse pela política até o fim da Segunda Guerra Mundial. Nesse período conhece Simone de Beauvoir, que além de uma relação amorosa, tinha grande afinidade intelectual.
Em 1934, depois de passar um ano na companhia de Edmund Husserl em Berlim estudando sua Fenomenologia e em contato com Martin Heidegger, Karl Jarpers e Soren Kierkegaard, Sartre elaborou sua própria Filosofia Existencialista, misto de Fenomenologia e Existencialismo; além de presenciar a ascensão de Hitler e do nazismo.
De volta à França, assistia à crise política social de 1936 e nesse mesmo ano, explodia na Espanha uma guerra civil. Nessa época, os existencialistas reuniam- se nos cafés, exprimindo seu ódio ao nazismo e ao fascismo.
Ao eclodir a Segunda Guerra Mundial (1939–1945), Sartre tinha 34 anos. Em 21 de junho de 1940, fora tomado como prisioneiro, ficando encarcerado até o fim de março de 1941, quando conseguiu escapar. Adulterou seus documentos, fazendo-se passar por um doente crônico. Diria depois que descobriu o sentido real da liberdade quando se encontrava por trás das cercas de arame farpado. A experiência de prisão produziu efeitos marcantes na mente de Sartre e pela primeira vez, sentia uma profunda comunhão com os outros homens.
Em 1945, Jean-Paul Sartre surgia como uma das grandes