O ethos da propriedade da terra no Brasil

O ethos da propriedade da terra no Brasil In: Um Brasil ambivalente: Agronegócio, ruralismo e relações de poder. Rio de Janeiro: Edur, Mauad X, 2009.

Regina Bruno: Bacharel e Licenciada pela Universidade Federal do Ceará (1971), Mestrado em Sociologia pela Universidade de Brasília (1976). Diplome de d' Étude Approfondies pelo Institut des Hautes Études de l' Amerique Latine Université de Paris III IHEAL-Paris III (1977-1979) e Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas Unicamp (2002). É profa. associada II do Curso de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/DDAS/UFRRJ). Áreas de pesquisa e estudo: Representação patronal rural, Agronegócio e Elites agrárias e agroindustriais, Relações de poder. Questão Agrária e Reforma Agrária. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa Ruralismo, Agronegócio e Relações de Poder.

Relatório Final da CPMI da Terra
Os donatários de terra do Brasil colônia não possuíam exclusivamente suas fortunas com a exploração da agropecuária em Portugal, eram banqueiros, donos dos meios de comunicação ou empresário da indústria
Em diversos períodos da história do Brasil a população e parte da classe política nutriram a esperança de que daquela vez a reforma agrária iria sair para acabar com o latifúndio. No entanto, o que se viu foi a renovação do poder e a reafirmação da força dos grandes proprietários de terra, ou seja, mantiveram a concentração fundiária e seus privilégios de classe na manutenção dos poderes econômicos, políticos, sociais e simbólicos.
A autora usa a palavra renovação e não permanência no poder, porque afirma que a cada momento que as relações dos processos sociais se alteraram com as transformações da sociedade, a permanência do poder por parte dos proprietários só ocorreu porque houve um reajustamento dessas mesmas relações de poder. É fato que o poder dos proprietários de terra está diluído nesta