O Estado e a Revolução – o pensamento de Lênin
O Estado e a Revolução – o pensamento de Lênin
Na perspectiva de se querer pensar o Estado, sua força e seu domínio, importa, para isso, valer-se da principal obra de Vladimir Lênin: “O Estado e a Revolução” (1944), obra que se constitui na principal doutrina do marxismo sobre o Estado e as tarefas do proletariado na revolução. Evidencia-se nessa obra que a tarefa principal de Lênin se concentrava em desenvolver o programa da Revolução proletariado frente ao Estado burguês e, dessa forma, como que o proletariado conquistaria o poder. Ainda, Lênin irá deter-se no esforço em apresentar os elementos do seu entendimento quanto ao papel do proletariado na revolução e sobre o papel do Estado na revolucionária da sociedade num sentido de transformação. Dialogando o tempo todo com Karl Marx e Friedrich Engels, Lênin debruça-se sobre discussões que envolvem o papel do Estado no entendimento do marxismo como órgão de dominação burguesa, resultado do aperfeiçoamento, como máquina estatal herdada pela burguesia das monarquias absolutistas feudais europeias.
A figura do Estado em Lênin é apresentada como um poder necessário que está acima da sociedade, com o intuito de abafar conflitos mantendo limites e “ordem”, mas um poder alienante que cada vez mais se afasta da sociedade. Dentro do marxismo o Estado passa a ser definido como um fenômeno histórico, resultado da divisão social do trabalho e, posteriormente, da divisão da sociedade em classe. O Estado surge da necessidade de refrear os antagonismos de classes. No próprio conflito dessas classes, resulta o princípio de que o Estado é o estado da classe economicamente dominante. Assim, era necessário que o proletariado se organizasse no intuito de usar todo seu domínio político para ir arrancando todo o capital das mãos da burguesia para centralizar os instrumentos de produção nas mãos do Estado. Porém, ao chegar ao poder, o proletariado teria que