Matemática
Ao iniciar a reflexão sobre a Revolução, o britânico Christopher Hill indaga o porquê de ela ter acontecido de forma tão tardia se comparada aos movimentos semelhantes ocorridos na Inglaterra e na França, nos séculos XVII e XVIII, respectivamente. Para Hill, a principal razão está na não formação de uma classe média independente.
Até 1917, o poder político estava nas mãos de um czar, que se apoiava em uma burocracia corrupta cuja principal preocupação era conseguir favores políticos. A base de todo o regime encontrava-se entre a aristocracia rural, caracterizada pelo poder absoluto e pela insensibilidade para com os trabalhadores. Era da nobreza rural que saía a alta oficialidade do exército que ajudava a garantir ao czar o domínio absoluto sobre o país e sua população. A Igreja Ortodoxa apoiava o regime e atuava junto à população justificando o absolutismo.
A partir da segunda metade do século XIX, introduziram-se técnicas ocidentais e fez-se a abolição da servidão (1861), o que permitiu condições para o desenvolvimento industrial no país com vultosos investimentos externos, o que gerou as condições necessárias para o desenvolvimento da classe operária na Rússia. O proletariado russo entra em cena. Estes trabalhadores eram altamente explorados pela classe burguesa, o que levou a formação de um movimento de massa revolucionário. Estes movimentos, diferentes dos que existiam no ocidente, acreditavam que era preciso usar da violência para se alcançar os seus objetivos.
Um dos grandes desafios dos movimentos revolucionários e do próprio czar era a extensão e a desarticulação da Rússia. A base da democracia era a comunicação e esta não existia no território russo. Daí a revolução.
“O país sempre foi muito grande, e seus meios de comunicação demasiado maus para possibilitarem uma centralização administrativa eficiente; por outro lado a defesa militar nesse território de extensas planícies abertas, impunha um governo altamente