O estado não é do povo

O Estado, não é o povo! texto por Victor Martins
Muitas pessoas se arriscam a dizer que o Estado é a voz do povo, que o Estado faz, o que o povo quer, que se o Estado define algo, é porque o povo disse. Todas essas afirmações são tão verdadeiras quanto uma nota de R$ 3,00. O Estado é um organismo vivo, possui corpo, inteligência e acima de tudo, desejos, o Estado é, assim como o ser humano, egoísta, vê suas necessidades acima das dos outros, usando-se sempre do discurso: “Se é bom para mim, é bom para vocês.” ou, até pior: “É o desejo da maioria.”, sendo o último, um dos argumentos para algumas das maiores barbáries promovidas por Estados na história da humanidade.
Devemos pensar no Estado como um ser autofágico, pois o mesmo faz de tudo para se retroalimentar, criando leis e burocracias que permitem a perpetuação de seu próprio poder.
Basta analisarmos algumas das maiores tragédias e matanças da história, e veremos que se não todas, a grande maioria foi patrocinada/idealizada por um Estado, já que o mesmo, via nesses conflitos uma possibilidade de se perpetuar no poder.
Ainda assim, há aqueles que digam erroneamente: “O Estado patrocinou os maiores avanços tecnológicos da humanidade.”, tão logo ouço isso, peço permissão para falar, pois esse é um engano deveras comum, corrijo-os com a seguinte explanação: “O Estado, não patrocinou os avanços, ele apenas criou a demanda, quem fez os avanços, foram as pessoas, os indivíduos, cada um dentro de seu próprio universo e ambição. Assim como também não podemos dizer que quem quebrou a vidraça da padaria, foi responsável por dar trabalho ao vidraceiro, pois o mesmo, também apenas criou uma demanda, na qual o vidraceiro iria suprir, independentemente de quem quebrasse a vidraça.”
Tendemos a acreditar que o Estado é o povo, pois no modelo democrático indireto que vivemos, seus governantes são eleitos pela maioria. Porém, a mesma maioria que votou nele, não tem contato direto, não fiscaliza, não faz com que ele cumpra as