O espirito do capitalismo
Max Weber, grande sociólogo alemão, em uma de suas obras-primas, O Espírito do Capitalismo e a Ética Protestante, aborda de maneira convincente qual vem a ser o espírito do capitalismo. Traça através de exemplos com base na evolução do comércio e do trabalho, aparado em outros autores de renomes, tais como: Benjamin Franklin, Kürnberger, Sombart um enredo que conduz a um formidável entendimento da causa. O capitalismo iniciou-se não com a aristrocacia ou com homens que herdaram grandes fortunas, mas com o dinheiro emprestado por certas pessoas a outras que já tinha em si essa força impulsionadora que logo os fizeram ricos e donos de grande quantidade de postos de trabalho. Foi entre os menos afortunados, contudo com grande vigor para mudar que ele brotou. Tempo é dinheiro. Para quem pode ganhar dez em um dia de trabalho e o não faz e gasta cinco em distrações, não perde dez, mas quinze. O espírito do capitalismo foge a ética religiosa. O lema é ganhar mais e mais sem, é claro, desfazer do patrimônio em gozos. Desvirtua-se do lema da vida, pois exige de seus escravos o máximo de empenho, mesmo que seja enterrado sem usufruir do patrimônio. O que importa em tal estudo é o espírito da coisa em si. A ética de o capitalismo estar na máxima de viver trabalhando recebendo com isso dinheiro. Crédito também é dinheiro. Cumpra com seus compromissos, jamais passe do dia combinado, pague sempre no prazo previsto, nunca deixe de cobrar na data marcada. Dinheiro nas mãos de hábil investidores gera lucro, deixá-lo sem receber nada, não parece coisa sensata. Se você deve a alguém e esse o ver trabalhando se sentirá a vontade, porém se o mesmo o pega bebendo ou jogando em horário de trabalho cobrarás bem antes do combinado. Um senhor já de idade e de riqueza avolumada foi inquirido por um de menos idade: “Por que não para de trabalhar e vai curtir a vida”. Ele respondeu que procuraria ganhar dinheiro enquanto pudesse. Esse é o