o espirito do capitalismo
Uma definição mínima do capitalismo
Fórmula mínima que enfatiza a exigência de acumulação ilimitada da capital por meios formalmente pacíficos. Trata-se de repor perpetuamente em jogo o capital no circulo econômico com o objetivo de extrair lucro, ou seja, aumentar o capital que será, novamente, reinvestido, sendo esta a principal marca do capitalismo, aquilo que lhe confere a dinâmica e a força de transformação que fascinaram seus observadores, mesmos os mais hostis. As formas concretas da riqueza podem ate constituir obstáculos ao único objetivo que importa realmente: a transformação permanente do capital, de equipamentos e aquisições diversa em produção, de produção em moeda e de moeda em novos investimentos. Como o capital é constantemente reinvestido e só pode crescer circulando, a capacidade que o capitalista tem de recuperar sua aplicação aumentada pelo lucro esta perpetuadamente ameaçada, em especial pelos atos dos outros capitalistas com os quais ele disputa o poder de compra dos consumidores. Essa dinâmica da ao capitalista um poderoso motivo de auto conservação para continuar infindavelmente o processo de acumulação. Sem duvida o capitalismo se apoia em transações e contratos, mas esses contratos podem dar sustentações apenas a arranjos discretos em beneficio das partes ou comportar apenas clausula ad hoc, sem publicidade nem concorrência. O reconhecimento dos poderes benfazejos do mercado e a aceitação das regras e injunções das quais das quais depende se funcionamento “harmonioso” podem ser considerados uma forma de autolimitações do capitalismo. O capitalista, no âmbito da definição mínima de capitalismo que utilizamos, é, teoricamente, qualquer um que possua um excedente e o invista para extrair um lucro que venha a aumentar o excedente inicial. A designação de “capitalista” aos principais atores responsáveis pela acumulação e pelo crescimento do capital, aqueles que exercem pressão