O ensino de geografia em questão: uma crítica aos parâmetros curriculares nacionais
Francisco de Assis Fernandes Lima
Discente do curso de Geografia do CAMEAM/UERN assisfernandeslima@hotmail.com RESUMO
Perante as transformações pelas quais o mundo vem passando é preciso pensar, na realidade contemporânea, o que se quer fazer com a escola e, particularmente, com o ensino de Geografia que nela é feito. Este texto apresenta uma crítica aos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s de Geografia para o ensino fundamental. Pretendeu-se, a partir da leitura dos documentos oficiais e com base naquilo que está vinculado na bibliografia a respeito do tema, realizar uma revisão da literatura com o objetivo de desenvolver um aprofundamento nas discussões referentes às proposições contidas nos documentos estatais. O trabalho está baseado nos conhecimentos relativos à metodologia para o ensino/aprendizagem da Geografia e, dessa forma, discute-se se os textos oficiais são relevantes para nortear as práticas pedagógicas em sala de aula. Percebeu-se, a partir das leituras efetuadas, que os modelos estabelecidos pelas ações do Estado, incitadas pelos PCN’s, têm um caráter ideológico e centralizador, porque não considera a diversidade sociocultural dos educandos do país, conjeturando uma sociedade análoga e/ou homogênea, desprezando, desse modo, as particularidades regionais e locais existentes, percebendo somente os problemas mais gerais em detrimento daqueles mais particulares e, com isso, desconsiderando as realidades vividas por professores e alunos.
Palavras-chave: Crítica. Ensino/aprendizagem da Geografia. PCN’s.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O mundo tem mudado com uma velocidade nunca vista antes e com ele devem mudar também a escola e o ensino que nela se faz (CALLAI, 2001). A globalização da economia, o surgimento de novos padrões culturais e de consumo, o crescimento da degradação ambiental, a elevação da violência urbana, entre outros processos em