O ensino de ciências

UERJ – Faculdade de Educação da Baixada Fluminense

REFORMAS E REALIDADE
O caso do ensino das ciências

A escola é um espaço social e como todo espaço social sofre influências da sociedade que por sua vez acaba repassando as características, modelos, dessa sociedade.
Assim como a escola, o ensino de ciências passou por mudanças devido a questões sociais, politicas e econômicas vividas pela sociedade.
Um dos períodos que retrata a influência da sociedade na escola e principalmente no ensino das ciências foi a guerra fria nos anos de 1960 que fez com que os Estados Unidos investisse nesse campo alegando que era necessário uma formação em escola de nível secundário que visasse identificar e incentivar jovens a seguir a carreira científica para que conseguissem vencer a batalha espacial disputada com a antiga URSS.
No entanto, essa formação não era destinada a todos, mas era destinada a formação da elite que tinha por objetivo a formação de cientistas.
O Brasil, que na época passava por um processo de industrialização, também sofreu influências desse modelo de ensino que defendia a preparação dos alunos mais aptos em nome do progresso da ciência.
Com a aprovação da primeira lei de diretrizes e bases da educação (LDB 4024/61) a educação passa a ser um direito de todos e amplia-se o ensino de ciências no currículo escolar com o objetivo de desenvolver o espírito crítico.
Nesse período “o processo de ensino-aprendizagem era influenciado pelas ideias de educadores comportamentalistas” (KRASILCHIK, p.87), e ocorria através de aula praticas prevalecendo a transmissão do conhecimento.
No período da ditadura militar é aprovada uma nova lei para a educação, a LDB 5692/71onde o ensino passa por novas mudanças, dando ênfase ao ensino profissionalizante.
“Mais uma vez as disciplinas científicas foram afetadas, agora de forma adversa, pois passaram a ter caráter profissionalizante, descaracterizando sua função no currículo” (KRASILCHIK, p.87).
As mudanças