O ENSINO DE CIÊNCIAS NO BRASIL: HISTÓRIA, TENDÊNCIAS E PROPOSTAS.
A problemática do ensino de Ciências deve ser analisada do ponto de vista histórico e social, visto que, no decorrer da história, e em conformidade com as necessidades e interesses da sociedade de cada época, o significado social da escola passa por várias alterações, o que repercute diretamente no ensino das disciplinas científicas.
No século XIX, a ciência clássica servia de base para o ensino europeizado e tradicional em livros didáticos estrangeiros, cujas aulas se davam por meio de relatos de experiência e demonstrações em sala de aula para que a teoria exposta fosse confirmada. O professor estava no centro do processo, a ele cabia a transmissão dos conteúdos de forma livresca através de aulas expositivas, ao passo que o aluno era um mero receptor das teorias e métodos tradicionais. Nesse sentido, o ensino de Ciências era concebido como um repasse de informações e se encontrava totalmente desvinculado da realidade.
Porém, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) já atentava para uma reformulação da educação que garantisse um ensino de Ciências mais ativo, onde o aluno estaria no centro do processo de aquisição do próprio conhecimento.
Nos anos de 1950, em um contexto de industrialização, urbanização, Segunda Guerra e desenvolvimento científico e tecnológico; viu-se a necessidade de se reformular o currículo do ensino das ciências para que o mesmo fosse condizente com o progresso científico que a sociedade estava vivenciando.
Contudo, é somente na década de 1960 que os projetos curriculares começam a ser produzidos no país em vez de adequar-se aos estrangeiros. O surgimento do