O ENSINO DA REDAÇÃO
COMO PODE SER MELHORADO O ENSINO DE REDAÇÃO NA ESCOLA?
Constatado, por meio de redações de vestibulandos e de avaliações diagnósticas, o desempenho ruim dos alunos no que tange ao domínio da produção escrita, faz-se necessária uma adequação dos parâmetros curriculares, da gestão escolar e da metodologia do professor em prol do desenvolvimento da competência comunicativa do aluno, que é o principal objetivo do ensino da língua materna. Há pouco tempo tínhamos o estudo da gramática isolado da redação escolar. A nova concepção de ensino da língua trouxe um ganho enorme para a prática da redação. Hoje, trabalhamos a lingüística textual - que nada mais é do que a aplicação da gramática na prática, ou seja, na produção de mensagens expressivas que possibilitam ao aluno participar da sociedade de maneira ativa e crítica - dando a estas a coesão e a coerência necessárias à unidade de sentido. Se o estudo da língua mudou, antes foi porque os parâmetros curriculares mudaram. Sendo assim, por que ainda persistem, professores, coordenadores e diretores, no ensino arcaico da língua? Não responsabilizo apenas o docente porque, muitas vezes, os mesmos são cobrados pela gestão administrativa da escola a apresentar conteúdo puramente gramatical em seus planejamentos, que devem constar nos cadernos dos alunos – e se estes não estiverem cheios de conteúdos... “o professor não passa matéria”, “o professor não ensina nada”... – Como se encher o quadro com regras de acentuação fosse melhorar o desempenho do aluno na escrita! A verdade é que há uma lacuna muito grande entre a teoria e a prática. Muda-se o plano de ensino, mas a metodologia continua a mesma. Continua-se ensinando as regras de uso da língua, em vez se ensinar o uso eficaz desta. O despreparo do professor para o trabalho com a gramática internalizada e reflexiva, inerentes às expressões orais e escritas, impede a integração das